segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ICMBio embarga áreas da Cachoeira do Rio São Jorge

As coisas acontecem...


Por
Paula Schamne

MEIO AMBIENTE A medida visa preservar a área e as nascentes localizadas na região

Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), acompanhados da Polícia Federal, estiveram, na última terça-feira, na Cachoeira do Rio São Jorge para autuar o proprietário. A operação aconteceu após denúncias de irregularidades na área que acarretam em danos ambientais. Foram identificadas três irregularidades, plantio e construções em área de preservação permanente (APP) e plantio de eucalipto em capão de araucária. As construções próximas ao rio estão embargadas e devem ser retiradas em 90 dias. Também houve e notificação pelo abandono de embalagens vazias de agrotóxicos no local.

Márcio Ferla, chefe do Parque Nacional dos Campos Gerais e coordenador da operação, explica que as autuações não se deram em virtude da área estar dentro da Unidade de Conservação, já que a área integra o Parque Nacional dos Campos Gerais, porque o processo de desapropriação ainda está iniciando. As notificações deram-se devido ao descumprimento de obrigações impostas a todos os proprietários rurais. “Há locais em que a plantação está a 8 metros do rio. A lei prevê, de acordo com o tamanho do rio, que áreas de plantio estejam afastadas pelo menos 30 metros das margens e 50 metros de nascentes”, comenta.

As multas, que somam R$ 34 mil reais, dizem respeito a plantio em área de área de proteção permanente (APP), impedimento da regeneração natural da mata nativa e danos à mata nativa. “A medida não visa prejudicar ninguém. Nossa preocupação é preservar as características da área, que trazem muito da história da formação da região. Do jeito que as coisas estavam caminhando, o risco era de perder todo este importante patrimônio”, diz. O proprietário pode buscar o Instituto e propor o um projeto de revitalização. Se aprovado pelo órgão, as multas ser convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

O planejamento ambiental da área de visitação inclui plano de manejo para uso recreativo da área, realocação da lanchonete para local adequado, definição e construção de trilhas em locais adequados, projeto para recuperação das erosões existentes nas áreas de visitação, plano para recuperação de áreas degradadas, recuperação de vegetação nativa e áreas de segurança. O projeto pode ser desenvolvido me parceria com o ICBMBio e outras instituições como universidades e organizações não-governamentais.

Ferla explica que as áreas embargadas não poderão ser utilizadas, mas a visitação pode continuar. “Para dar continuidade às atividades de camping, utilização dos banheiros e vestiário e funcionamento da lanchonete, as construções precisarão ser removidas para áreas mais distantes do rio, respeitando a legislação ambiental”, explica. Caso a medida seja descumprida, há aumento das multas e um processo judicial pode ser aberto para exigir o cumprimento das determinações.

A área foi instituída parque municipal de Ponta Grossa pela Lei Municipal nº 4.832 de 02/10/97. Foi incluída no Parque Nacional dos Campos Gerais, em 2006, quando foi decretada sua criação.

Ferla diz que outras áreas da cidade também devem ser vistoriadas nos próximos meses. “Deveremos intensificar no ano que vem, quando o ICMBio deve estar mais estruturado”, fala.



Veja a reportagem: http://www.rpctv.com.br/parana-tv/2010/10/cachoeira-do-rio-sao-jorge-esta-fechada-ao-publico/

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O filhote da Curucaca

Neste último final de semana (17/10), sondamos as condições do ninho da Curucaca, tema da postagem "Interditar vias para proteger vidas", e olha só o que encontramos:





Fotos: Willian Lacerda

Um filhote nasceu, está bem grandinho, e é bravo. Acreditamos que logo saia do ninho.


...bonitinho né?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ATITUDE CORRETA


N
a última edição do Jornal da Montanha, Andrea Soares publicou uma matéria que achei muito bacana. Então, tomei a libedade de postá-la aqui no blog para que mais pessoas tomem conhecimento sobre o assunto e reflitam quanto às suas atitudes.

NÃO FAÇA MERDA!

Não deixe vestígios

Apesar de ser uma preocupação que deveria ser diária, porque afinal, em geral, com raras exceções, usamos água potável para dispensar nossa merda, quando acampamos em locais sem banheiro dentre as preocupações do dia a dia, surge a incógnita sobre "onde defecar". Tudo depende do clima, do solo e do número de visitantes que frequentam o local onde estamos. O ideal seria guardar nossa merda para depois levá-la a uma composteira em condições adequadas. Mas o ideal nem sempre é possível. Portanto, observe o local: se for possível cagar em locais distantes (50m aproximado do acampamento) cave um buraco fundo que tape sua merda o suficiente para que no caso de que alguém pise em cima, nem note o que havia embaixo. Será sinal de sobrecarga do ambiente se sua merda e a de seus amigos começarem a se encontrar. Neste caso acredito que é hora de construir uma latrina comunitária. Deixe somente seu cocô! Leve seu papel embora, principalmente em locais frios e secos, onde a decomposição ocorre lentamente e somente durante um período do ano. Note quantas vezes vemos papel sujo deixado com uma pedra em cima, normalmente a merda já quase não existe. Surpresa! Nossa merda desaparece antes que o papel.


Dicas:

1 - Se você vai acampar leve uma pá pequena destas de jardinagem, ela facilita o trabalho. Se não tiver, um pau ou pedra pode ajudar;


2 - Procure um lugar distante de cursos d'água, picadas e locais de acampamento;


3 - Faça um buraco suficiente para armazenar os dejetos. Cubra após terminar;


4 - De preferência se limpe com água porque o papel higiênico leva mais tempo para se decompor. Se não puder, carregue uma sacola para levar o papel embora;


5 - Não cague em cavernas ou embaixo de pedras que a chuva não alcance, porque apesar de você se sentir "escondidinho", é o pior lugar para defecar, pois pode ser a base de uma via de escalada, e em lugar seco a merda não se decompõe;


6 - Para o seu bem e dos outros não deixe vestígios.


Andrea Soares vive em Florianópolis, é oceanógrafa, mestre em Ecologia e escaladora.

Fonte: Jornal da Montanha-Edição nº 02-agosto/set.2010 - Curitiba-PR